Freud

Freud
O Mestre.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

e-Fólio A (04/04/11)

Turma- 6
António Manuel Carvalho Machado
Nº Aluno-1005571
1-Escolhi falar de Sigmund Freud, pai da Psicanálise. Este médico Vienense nasceu a 06 de Maio de 1856 em Freiburg, Morávia (República Checa). Freud era de origem judaica e muito cedo sentiu a discriminação que pendia sobre essa sua condição.
No Outono de 1873, Freud começou a estudar medicina, não que tivesse uma precoce vocação para este ramo do saber, mas, como ele disse nessa altura “o desejo de contribuir com alguma coisa, durante a minha vida, para o conhecimento humano” (Psicologia dos Estudantes,1914).
E que contributo nos legou Freud, especializou-se em neurologia e psiquiatria, revolucionou a concepção da mente humana, ao introduzir o conceito de Inconsciente, definindo-o como “a instância onde se acumula a energia que vai estar na base da construção humana (Tavares & Alarcão,1992).
Freud estruturou a mente em 3 instâncias: inconsciente (Id);consciente/pré-consciente (Ego) e o in/cconsciente (Super Ego).
No seu trabalho com pacientes que sofriam de histeria, Freud descobriu que estes, quando hipnotizadas, contavam factos, que, acordados, eram incapazes de recordar.
Mais tarde, abandonando a técnica da hipnose, e criando uma nova, denominada Associação Livre, consegue os mesmos fenómenos, ou seja, uma instância profunda da mente (inconsciente), liberta conteúdo acumulado, reprimido e que remontava à infância. Esta observação vai estar na origem na teoria freudiana da sexualidade infantil. Esta descoberta foi aplicada, sobretudo ao tratamento de neuroses e psicoses, no entanto, a sua grandeza, foi aproveitada por praticamente todos os ramos do saber, e o caso da psicopedagogia e psicologia do desenvolvimento não fugiram à regra, muito pelo contrário, Freud deixou um legado precioso, com o paradigma psicanalítico da educação.
Para Freud, a criança desenvolve-se por estádios, ou fases, não por aprendizagem cognitiva, mas por uma relação com o objecto (de prazer, ou desprazer),quer dizer, a criança estabelece vínculos com o mundo e com as pessoas através da satisfação das zonas erógenas, falamos das fases: oral, anal, fálica, período de latência e genital. Freud salienta que é necessário ultrapassar cada um destes estádios com naturalidade e espontaneidade, em especial, o desmame, o Complexo de Édipo (basicamente é o ciúme do filho pelo progenitor do mesmo sexo, como se este fosse um concorrente pelo amor do outro progenitor).
É importante também ultrapassar com naturalidade, as turbulências da adolescência.
(Tavares & Alarcão 1992)
Debrucemo-nos um pouco sobre os 5 estádios ou fases:
-Fase oral (0 /1 ano) nesta fase o prazer está na boca, no alimento e na satisfação que o bebé sente ao sugar o seio materno, que será o seu 1ª objecto de prazer;
-Fase anal (1/3 anos) nesta fase o controlo dos esfíncteres, o anal em especial (retenção e expulsão) são as fontes de prazer, por razões sociais, a criança aprende a receber recompensa pela sua limpeza, o contrário também e válido, castigo pela sujidade;
-Fase fálica (3 /6 anos) nesta idade a criança descobre a sua identidade sexual e o prazer ao tocar os órgãos sexuais, inclusivamente começa a ensaiar a masturbação. É nesta fase que poderá surgir o Complexo de Édipo/Electra;
-Período de Latência (6 /12 anos),nesta fase a criança sublima a sua libido, transferindo-a para as tarefas escolares, é muito interessante esta fase, parece que uma cortina se fecha e todo o percurso anterior se esquece, não porque a sexualidade desapareceu, mas encontra-se em latência;
 .Fase Genital (12/16 anos) despertar da sexualidade, nesta fase (puberdade) com a maturação dos órgãos sexuais, o adolescente já pode dar vazão à sua libido e procurar o objecto de prazer no sexo oposto, ou no mesmo sexo, se for o caso. (Appignanesi & Zarate,1982)    
Bibliografia
Appignanesi, R.& Zarate, O. Freud para principiantes,1982,Lisboa,Dom Quixote.
Tavares, J. & Alarcão, I. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, 1992,Coimbra,Almedina.        


  

2-a) Esta sessão vai incidir sobre o tema do Bullying em contexto escolar. As implicações desta problemática, no bom funcionamento da escola, no bem-estar dos alunos, dos pais, dos professores e dos funcionários. O Bullying é um problema muito actual e urge combatê-lo, uma vez que pode trazer consequências terríveis para as vítimas, podendo mesmo comprometer o seu futuro e impedir um desenvolvimento harmonioso e feliz, devido à baixa da auto-estima, ao isolamento social, à desmotivação e falta de concentração nas tarefas em geral, e nas escolares em particular.
Do ponto de vista dos agressores, também será necessária uma atenção especial, porque estes rufiões podem enveredar pela marginalidade e” perderem-se” na vida, entrando por caminhos perigosos, como sejam: toxicodependência e delinquência.
O local da sessão de formação será a Escola EB+3 de Vila Formosa, e a turma que estará, em especial destaque, é o 7ºC, cujas idades dos alunos oscilam entre 12 e os 15 anos.
b) Esta sessão de formação tem como destinatários, os pais, os professores, os auxiliares de acção educativa, e os próprios alunos. 
c) A sessão de formação terá a duração de duas horas.
d) Pretende-se com esta acção, contribuir para o esclarecimento dos factores associados ao desenvolvimento dos alunos, e desta forma, saber criar estratégias para lidar com a problemática do Bullying, de uma forma esclarecida.
Sabemos que “o educador é um factor determinante no desenvolvimento e na aprendizagem do educando” (Tavares & Alarcão,1992,pág.140) além disso é um facto que “Os problemas da escola são os problemas da família e os problemas da família são os problemas da sociedade (Tavares & Alarcão,1992,pág.144)
e) Os recursos que vou utilizar serão os seguintes: comunicação oral, um computador portátil, ligado a um quadro interactivo, usarei, sobretudo o programa Power Point, usarei imagens, textos e vídeos, para que a mensagem passe de maneira apelativa e eficaz. Intervirão também: um aluno vítima de Bullying, um aluno praticante de Bullying, e ainda, um agente da P.S.P.
f) Como metodologia, usarei um discurso oral, simples e claro, adequado à audiência, convidarei um aluno que foi vítima e outro que já praticou Bullying, integrado num gangue, os seus testemunhos serão importantíssimos para abordarmos adequadamente esta temática. Estará também presente um agente da P.S.P, que falará das implicações legais do Bullying, como essa medida pretendemos dissuadir os agressores, levá-los a reflectir
g) Elaborei um guião com a seguinte ordem de trabalho:
-Definir Bulling;
-Fazer uma breve introdução ao fenómeno ao longo do tempo,
-Descrever o perfil da vítima de Bullying
-Descrever o perfil dos agressores;
-Tentar entender o ambiente sociocultural, de onde provem vítima e agressores;
-As consequências que advêm do facto de um aluno ser vítima de Bullying: ao nível do bem-estar físico, psicológico, do desempenho, e da motivação;
-As consequência futuras para quem pratica estes actos tão cruéis, como se perspectivará o seu desenvolvimento, que visões terão da vida, das pessoas, que valores defenderão;
-Apresentar medidas práticas que promovam a irradicação do Bullying, no ambiente escolar;
-Mobilizar a comunidade escolar para limitar fenómeno do Bullying.
h)Bibliografia
Tavares, J. & Alarcão, I. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, 1992,Coimbra,Almedina.